O
ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
considerou positivo o saldo da sua visita a Seul, na Coreia do Sul.
Ele conseguiu do vice-ministro da Agricultura, Lee Jun-won,
a promessa de que o processo para a aprovação da importação da
carne suína de Santa Catarina seja concluído no início do próximo
ano. O mercado da Coreia do Sul é de 50 milhões de consumidores.
As negociações para a
entrada de carne suína brasileira no mercado sul-coreano já se arrastam
por uma década. "O governo e os produtores de Santa Catarina têm de
manter a pressão, porque esta penúltima etapa deve estar concluída em novembro.
E, quanto mais cedo os sul-coreanos fizerem a visita técnica, mais
rápido colocaremos nossa carne suína no seu mercado", disse Blairo
antes de embarcar para Hong Kong, onde cumpre a terceira etapa de
sua viagem à Ásia. Santa Catarina é o maior estado produtor de suínos
do Brasil.
O ministro foi firme
durante as conversas com representantes do governo sul-coreano. Mostrou
que o Brasil é um país com 200 milhões de consumidores e que quer ser
tratado como um parceiro estratégico pela Coreia do Sul, país que é
grande produtor de equipamentos eletroeletrônicos e veículos.
"Não consigo entender porque vocês liberam carne bovina de
países que podem oferecer muito menos contrapartida e ainda não
liberam o nosso produto", disse.
Maggi acrescentou que
o agronegócio no Brasil responde hoje por praticamente 50%
de todas as exportações brasileiras, e, por isso, além da soja
e do milho, os brasileiros querem vender produtos com maior valor
agregado, como as carnes suína e bovina, além do frango, que é
muito consumido pelos sul-coreanos. "Quanto mais vendermos para a Coreia
do Sul, mais emprego e renda geraremos e mais atrativo se tornará o
mercado brasileiro para os produtos sul-coreanos", argumentou.
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