Depois
de um crescimento constante nas exportações do agronegócio do Rio Grande do
Sul no primeiro semestre, o fim do ano apresenta recuo. O mês de novembro
registrou queda nas vendas do setor para o mercado internacional, sendo o
pior resultado do ano desde março. Na comparação com outubro, a retração é de
11,1% no valor e 8,7% no volume exportado. A soja foi a principal responsável
pelo resultado, com redução de 38,7% (US$ 147 milhões). As informações
estão no Relatório de Comércio Exterior do RS, divulgado pela Assessoria
Econômica do Sistema Farsul.
Em boa
parte, o resultado se deve as vendas da oleaginosa grão na primeira metade do
ano, resultando em estoques mais baixos e menor oferta. Ainda na comparação
com outubro, carnes, puxado pelo frango, apresentou aumento de 2,2% no seu
valor exportado (US$ 166 milhões). Produtos florestais também registraram
crescimento de 33,1% (US$ 93 milhões). Em relação a novembro de 2015, o Rio
Grande do Sul exportou -12,3% (US$ 104 milhões), também por influência da
soja (- 49,6%), além de carnes (- 6,1%), cereais (- 69,6%) e produtos
florestais (- 1,9). O fumo compensou com um crescimento de 86,8%.
No
acumulado do ano, as exportações gaúchas atingiram US$ 10,318 bilhões. Ao
contrário da primeira metade de 2016, que registrou crescimento contínuo,
tendo o seu pico em junho, o segundo semestre iniciou um processo de retração
que chegou a -34,5% em setembro. Comparado com 2015, há uma queda de 6,13% no
valor e de 7,5% no volume comercializado.
As
exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul chegaram a US$ 740 milhões, o
correspondente a 46% do total do estado. Ao todo, foram 937 mil toneladas. A
balança comercial do setor fechou com saldo positivo de US$ 617 milhões. A
China se mantém como principal comprador, com 38,2% do total comercializado.
Os Estados Unidos foram o segundo principal destino do produto gaúcho (4,6%)
e o Irã em terceiro (3,58%).
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Soja volta a puxar queda das exportações do agronegócio gaúcho
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