O vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, representou a Confederação
Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), em reunião da Federación de
Asociaciones Rurales del Mercosur ( Grupo FARM), nesta sexta-feira, dia 28. O
encontro aconteceu em Buenos Aires, durante a Expo Palermo 2017 e discutiu,
principalmente, a situação da febre aftosa na região. A preocupação é com a
falta de critérios técnicos de viabilidade, custo/benefício e impacto na saúde
para as propostas de mudança de status para países livre da doença sem
vacinação na América do Sul.
Em nota oficial, a entidade destaca a necessidade de rever as ações e
metodologias, bem como metas e objetivos, utilizando indicadores que possam ser
verificáveis no combate à doença. O acompanhamento constante para confirmação
do cumprimento do proposto, por meio de auditorias também deve ser aplicado,
conforme a Farm.
O documento lembra que o Plano Hemisférico para a Erradicação da Febre
Aftosa (PHEFA), projeta o controle da doença até 2020 em território sul-americano
e salienta que, para isso, é necessária uma estreita, firme e transparente
participação dos sistemas de saúde de cada país. Também é preciso que as
organizações regionais e internacionais tenham uma contribuição responsável na
articulação dessas ações, além da garantia política e econômica, a
garantia de recursos e fidelidade de informações para a tomada de
decisões.
A nota ainda destaca a experiência adquirida no início deste século,
durante a epidemia que marcou o sinal de alerta e a necessidade urgente de um
tratamento regional na busca de objetivos comuns. Os recentes acontecimentos na
Colômbia geraram um grave prejuízo à credibilidade da situação sanitária na
região, principalmente pela gestão a partir de dados pobres e atrasados que
causaram a rápida disseminação da doença naquele país.
A Farm demonstra confiança no setor produtivo que compartilha do desejo
de alcançar os objetivos propostos no PHEFA, mas espera o envolvimento dos
serviços governamentais e organismos internacionais. Somente assim será
possível que a informação técnica seja transparente permitindo uma análise
profunda dos riscos, benefícios e perdas. Somente assim será possível um
diagnóstico de confiança para que sejam implantadas medidas eficientes,
evitando novos casos de febre aftosa.
A declaração encerra com a reafirmação da importância da participação do
setor privado nos programas e combate e proteção e exige maior representação
nas tomadas de decisões. Conforme avaliação da entidade, as medidas tomadas até
agora demonstram as limitações das organizações nacionais e regionais, baseadas
em decisões políticas, sem apoio técnico e financeiro.
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