quinta-feira, 26 de outubro de 2017

HORA DO TUDO OU NADA DO MERCOSUL


Ao deixar a porta do Mercosul apenas entreaberta para o bloco, o Brasil está causando efeitos colaterais indesejáveis ao agronegócio. Quando permite a entrada de produtos processados, mas dificulta a compra de insumos, o país está minando a competitividade do setor, que se prepara para tomar atitudes drásticas. O caso mais emblemático é o do arroz.
Pesquisa divulgada pela Federação da Agricultura do Estado(FARSUL) revela que os custos de produção brasileiros estão bem acima dos argentinos e uruguaios. Componentes da tabela de gastos, os agroquímicos, por exemplo, podem ser até 426% mais caros no Brasil.
O lógico seria, então, comprar esses itens onde são mais baratos, reduzindo gastos e deixando o produto final com condições de enfrentar os concorrentes. Mas na prática, alerta o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, o Brasil criou um arcabouço de exigências tão grandes que inviabilizam a aquisição. Ou seja, a troca ocorre só de um lado:
-Qual o  sentido de termos um bloco que gera um monte de problemas na hora de negociar exportação com países de fora se não consigo usá-lo para comprar insumos mais baratos? Se houvesse livre mercado, não existiria o problema de entrada de produtos mais baratos. O economista defende " o livre comércio de verdade, ou não se tenha nada":

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