quinta-feira, 23 de maio de 2019

Debate para apresentar a realidade da crise do arroz no RS

Na próxima segunda-feira, 27 de maio, a partir das 10h, a Famurs, Federarroz, Farsul, Fetag/RS e Irga realizam nova edição do ciclo de debates Crise da Cadeia do Arroz e o Impacto Econômico Social nos Municípios . As entidades estão convocando produtores de arroz, parlamentares e prefeitos de municípios arrozeiros do Rio Grande do Sul para o debate que tem por objetivo buscar soluções para os problemas vividos pelo setor. O evento ocorre na sede da Famurs, em Porto Alegre (RS).
Conforme o vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, a ideia é mostrar a realidade da lavoura arrozeira e o impacto que está causando e irá causar nas regiões produtoras, onde mais de 140 municípios têm na sua economia básica a lavoura de arroz. Esperamos um grande número de produtores, prefeitos, deputados estaduais e federais e o governo do Estado para juntos buscarmos uma solução para esta atividade que grande parte do Estado depende para sua economia. Somos responsáveis pela segurança alimentar do Brasil para o arroz e queremos buscar soluções e renda para a nossa atividade , salienta.
Para o prefeito de Tapes (RS) e presidente da comissão da Agricultura e Meio Ambiente da Famurs, Silvio Rafaeli, o problema da lavoura de arroz se arrasta há mais de 30 anos, mas chegou um momento que é necessário dar um basta na situação. Por isso estamos provocando para todos irem nesta reunião. A lavoura de arroz passa por um momento interessante. O seguro da lavoura de arroz terá um novo momento mas precisamos resolver o até agora , destaca.

LEITE Comissão isenta IPI de insumos

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado aprovou o projeto de lei que isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados os insumos, máquinas e instrumentos usados na produção de leite, ontem. A proposta segue para análise da Comissão de Assuntos Econômicos, em caráter terminativo.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

PRIORIDADES DA CNA PARA O PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO 2019/2020 ATENDEM DEMANDAS URGENTES DOS PRODUTORES


Documento foi elaborado com a participação de produtores rurais e Federações

Brasília (02/05/2019) – As propostas da CNA para o Plano Agrícola e Pecuário 2019/2020 abrangem as demandas mais urgentes dos produtores rurais ouvidos em todas as regiões do país, como a garantia da previsibilidade orçamentária, a redução da burocracia, o aperfeiçoamento dos programas já existentes, incremento no volume e disponibilização dos recursos em época compatível com o calendário da atividade, fontes alternativas de crédito e redução da taxa de juros.

O documento elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil com as 10 propostas prioritárias para o PAP foi entregue pelo presidente da entidade, João Martins, à ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

As medidas que constam no documento foram definidas a partir de reuniões com produtores rurais, técnicos de sindicatos rurais e de federações de agricultura. Também colaboraram agentes do mercado financeiro e do mercado de seguros rurais.

O documento está dividido em cinco eixos estruturantes de uma proposta de transição para a política agrícola e de ajustes pontuais para a safra 2019/2020: medidas para aumentar o funding (volume de recursos) de financiamento para a agropecuária, medidas para desburocratizar e reduzir o custo de observância, crédito rural, gestão de riscos na atividade agropecuária e comercialização. Estes pontos incluem:

- os programas de crédito rural;
- o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR);
- o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro);
- o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC);
- a sugestão de criação do Programa de Subvenção ao Prêmio dos Contratos de opção de Venda de Produtos Agropecuários (Programa de Garantia de Renda)
- a Política de Garantia de Preços Mínimos;
- o Programa de Aquisição de Alimentos;
- o Programa de Abastecimento Social ou Venda em Balcão da Conab.

A partir desses eixos estruturantes, foram definidas 10 propostas prioritárias:

Aumento das fontes de recursos para o setor - A CNA sugere restabelecer os níveis de exigibilidade sobre a poupança rural em 74% (MCR 6-4-2) e sobre os depósitos à vista em 34% (MCR 6-2-3), eliminar a tributação sobre ganhos de capital decorrentes de variação cambial em Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) emitidos em moeda estrangeira e flexibilizar os investimentos estrangeiros no mercado de capitais brasileiros.

Ainda sobre esse aspecto, a entidade recomenda negociar com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a edição de instrução normativa que cria o Fundo de Investimento para o setor agropecuário, o que dá maior flexibilidade para os fundos de previdência complementar investir no agronegócio.

Desburocratização - Para desburocratizar - a CNA solicita estender o mecanismo de equalização de taxa de juros e outros encargos financeiros aos bancos privados e às confederações de cooperativas de crédito rural.

Crédito rural - A indicação é priorizar recursos para o crédito de custeio, priorizar os programas de investimento para construção de armazéns (PCA), adequação das propriedades à legislação ambiental (ABC) e investimentos necessários à incorporação de inovações tecnológicas nas propriedades rurais (Inovagro), retornar o financiamento da assistência técnica com recursos do crédito rural oficial, anunciar o volume de recursos programados para aplicação em crédito rural condizente com a real disponibilidade de recursos das instituições financeiras e com a capacidade de equalização de taxa de juros pelo Tesouro Nacional e estimular o Pronaf Produtivo Orientado, pois tem acompanhamento de assistência técnica.

Gestão de riscos - a demanda é garantir previsibilidade de execução do orçamento destinado ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e implementar sistema para concessão da subvenção ao prêmio do seguro diretamente ao produtor rural. Em relação a esse tema, a CNA ressalta no documento que é imprescindível que se construa uma política estruturante e integrada para gestão de riscos da atividade agropecuária. Para a entidade, os instrumentos de gestão de riscos agropecuários devem ser o pilar fundamental de uma nova política agrícola no país.