Brasília (24/05/2018) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
acompanha com grande preocupação a greve de caminhoneiros e defende uma solução
imediata para o bloqueio das estradas. A paralisação já causa danos graves e,
em alguns setores, irreparáveis à produção agrícola e pecuária do país.
É
preciso bom senso e esforços por entendimento para que a busca de soluções não
aumente ainda mais os problemas da economia brasileira num momento delicado de
recuperação da atividade.
“A
reivindicação por preços de combustíveis mais justos e previsíveis é correta,
mas as perdas causadas pela greve estão ficando insustentáveis e fora de
controle”, diz o presidente da CNA, João Martins. “É preciso bom senso de todas
as partes envolvidas para chegarmos a uma solução razoável e exequível”,
complementa.
Produtos
perecíveis estão sendo perdidos com o bloqueio das estradas. Insumos para
alimento de animais não estão chegando aos centros produtores, causando a morte
de animais. Plantas inteiras estão sendo paralisadas, com graves consequências
socioeconômicas.
As
cadeias produtivas de leite, aves e suínos também estão sendo seriamente
afetadas. Muitos produtores não estão recebendo os insumos para alimentação
animal e as agroindústrias estão impossibilitadas de receber insumos e escoar a
produção. Já há relato de empresas que estão suspendendo as atividades nas
unidades abatedoras em face da falência de suprimentos e inviabilidade
operacional.
O
produtor rural, que tanto contribui para o desenvolvimento do país, sofre
duplamente nesta crise. Sofre com o alto custo do combustível, que encarece
várias etapas da produção. E sofre com a greve que busca reduzir esse custo,
que está impactando diretamente os produtores e causando enormes prejuízos.
É urgente a redução das elevadas cargas tributárias federal e estadual que
impactam a produção brasileira.
Por
isso a CNA reitera a necessidade de se buscar entendimento razoável à questão
sem que a produção agropecuária seja penalizada dessa forma.
A
produção agropecuária não pode parar. O Brasil não pode parar.