quinta-feira, 26 de abril de 2018

A insegurança no campo

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado promove amanhã, na Fenasoja em Santa Rosa, audiência pública para debater questão de relevância para o nosso Estado, que tem no agro 46% do seu PIB: "Segurança no Campo - desafios para a produção". Ao propor a discussão, pretendi debater, com especialistas, medidas para combater os crimes na área rural para proteger as famílias que vivem e trabalham no campo. A criminalidade assumiu proporções alarmantes no País. Preocupa, de forma dramática, o meio rural e os pequenos municípios, carentes dos aparatos de segurança. Dados dos últimos dois anos, em apenas três estados, Minas, Goiás e Mato Grosso, registram mais de 70,9 mil casos de furtos e roubos em propriedades rurais. No Rio Grande do Sul não é diferente. Foram mais de 3,3 mil casos de abigeato, ou 70% dos crimes no campo, entre 2015 e 2016. O crime organizado na área rural é responsável, também, por roubos de máquinas, veículos, contrabando e falsificação de sementes e insumos agrícolas, entre outras fraudes. O prejuízo aos produtores, estimado pela Farsul, é superior a R$ 70 milhões, sem contar os riscos à saúde pública. O RS, entretanto, reage e dá exemplos de como enfrentar esse problema. A Frente Parlamentar de Combate aos Crimes Agropecuários, liderada na Assembleia Legislativa pelo deputado Sérgio Turra (PP), contabiliza resultados, como a instalação, em Bagé e Santiago, das primeiras cinco delegacias especializadas na repressão aos crimes rurais e abigeato. A iniciativa, pioneira no Brasil, é reivindicação da Frente Parlamentar. Até então, uma força tarefa da Polícia Civil já havia realizado ações por todo o Estado. Só no primeiro bimestre deste ano registrou uma queda de 30% nos furtos e roubos de animais. No Senado votei favoravelmente à proposta para autorizar o porte de arma de fogo na zona rural, de autoria do deputado Afonso Hamm (PP). O produtor que mora longe da zona urbana fica refém dos criminosos e deve ter o direito de se defender. Ao me posicionar dessa forma, incorporo-me ao esforço, no Senado, para dar prioridade à segurança pública, na agenda legislativa. Não adianta ficar só na retórica e nada fazer, na prática. Passa da hora de estabelecermos também a segurança rural como prioridade das administrações municipais e dos governos federal e estaduais. 

quarta-feira, 25 de abril de 2018

AFTOSA Estado se prepara para auditoria


O Rio Grande do Sul se prepara para receber, nos próximos meses, a auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que irá avaliar a execução das metas do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. A estimativa da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) é que a ação ocorra em junho ou julho deste ano. O diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Seapi, Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, adianta que serão avaliados o georreferenciamento das propriedades e o controle de comercialização da vacina, entre outros itens. A Seapi espera que a resposta definitiva seja anunciada até setembro. "Uma vez recebida a sinalização do ministério, em 2019 já não teremos mais a vacinação", acredita Ferreira Neto. O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, afirma que cerca de 70% do georreferenciamento visando à retirada da vacina está concluído. O prazo para alcançar a totalidade das propriedades é até dezembro. "Em caso de evento sanitário, é possível saber o que existe numa determinada área para ter uma ferramenta de ação rápida e instantânea", explica.

Recuperação do preço é vista como tímida

Cotação avançou quase 14%, mas setor entende que ainda não repõe as perdas do ano passado
O preço de referência do litro de leite para abril foi projetado em R$ 1,0579 pelo Conseleite, ontem. Este valor representa um aumento de 2,2% em relação ao consolidado de março, de R$ 1,0351, que também ficou acima dos R$ 0,9901 estimados para aquele mês. Considerando-se o novo preço de referência, a alta acumulada desde janeiro é de 13,93%. O professor da Universidade de Passo Fundo (UPF), Eduardo Finamore, explicou que a variação justifica-se pelo aumento de praticamente todos os produtos do mix, com exceção do requeijão (-1,13%). O leite UHT teve elevação de 2,84% e o leite condensado de 10,37%. A captação de fevereiro a abril, considerado período de entressafra, recuou 15% em relação à média estadual de 12,6 milhões de litros ao dia, segundo o presidente do Sindilat e vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra. Para o assessor de Política Agrícola da Fetag/RS, Márcio Langer, a recuperação ainda é tímida. "Melhoramos em remuneração, só que temos menos produto. Fica elas por elas", compara, ao enfatizar que o aumento do preço desde o início do ano não repõem as perdas do segundo semestre de 2017. Para maio, Guerra acredita que haverá estabilidade de produção nos tambos e aumento de consumo de lácteos por causa das temperaturas mais baixas.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Senar-RS comemora 25 anos de transformação do meio rural


O Senar-RS comemorou, dia 15/04/2018, 25 anos de uma história que se entrelaça com o crescimento do agronegócio gaúcho. Nestas duas décadas e meia, a evolução da produtividade, qualidade e condições de vida no campo foi visível, em parte graças ao esforço de profissionalização da atividade rural. No Rio Grande do Sul, as ações do Senar-RS contaram com a participação de cerca de 10 milhões de pessoas de todas as idades: o Programa Agrinho estimulou 6,8 milhões de crianças e adolescentes a refletir sobre temas que são importantes para a qualidade de vida no meio rural. Já o Programa Alfa levou a alfabetização a mais de 30 mil adultos, que passaram a participar de forma mais inclusiva da sociedade.
“Ao completar 25 anos, o Senar-RS abre caminhos para viabilizar a evolução tecnológica que transforma o campo. Além de oferecer cursos de inclusão digital, agricultura de precisão, boas práticas agropecuárias e outras dezenas de temas na área de formação profissional, que foram acompanhados por 1,35 milhões de alunos, o Senar-RS tem buscado promover o aprofundamento em disciplinas ligadas à gestão, que enxergam a propriedade na sua totalidade, indo além do aspecto da produtividade, para abarcar também o planejamento, gestão de pessoas, saúde, segurança e o cuidado com o meio ambiente” – afirma o superintendente do Senar-RS, Gilmar Tietböhl.
Um exemplo é o Curso Técnico em Agronegócio, realizado de forma semipresencial na Rede e-Tec, que já abriu dez turmas no Estado e formou 31 técnicos em agronegócio no município de Cruz Alta em março de 2018. O curso, reconhecido pelo MEC, é voltado para pessoas com ensino médio completo com experiência no meio rural e tem atraído até mesmo candidatos com ensino superior, que buscam no Curso Técnico um conhecimento diretamente conectado ao seu dia a dia.
Outra mudança marcante do período foi o crescimento da participação feminina nos cursos oferecidos pelo Senar-RS. Em 2008, quando o Senar-RS comemorava 15 anos, elas representavam 49,97% do público atendido. Em 2018, as mulheres representam 63,21% dos alunos. Em programas como o Mulheres em Campo, elas têm demonstrado o interesse em dividir ou assumir a tomada de decisões com relação a compras de insumos, venda de produtos e planejamento, que, em propriedades familiares, ficavam exclusivamente a cargo dos homens até poucos anos atrás.
Somando os cursos de formação profissional e as ações de promoção social, foram registrados 2,5 milhões de participantes. Para dar uma ideia do quanto o número de eventos evoluiu, é interessante comparar o primeiro ano de atividades do Senar-RS, quando foram realizados 28 eventos de formação profissional rural, contrastando com os 6.750 eventos realizados em 2017. Os eventos de promoção social, que contaram com um público de 380 participantes em 1993, chegaram a atrair 62.215 pessoas em 2017.
O Senar-RS atua ainda em parceria com o poder público, para qualificar e incentivar a geração de conhecimento através de pesquisas. Em 2017, assinou convênio com a Secretaria de Agricultura do RS, Emater e Universidade de Caxias do Sul para a implantação do Projeto Integrado de Pesquisa Agrícola e Capacitação de Agricultores, Técnicos e Extensionistas Rurais na Serra Gaúcha. O projeto utiliza a estrutura do Centro de Pesquisa Celeste Gobbato, em Fazenda Souza, Caxias do Sul. Estão sendo investidos R$ 7 milhões na compra de estufas de alta tecnologia, instalação de parreirais modelo, reforma da cantina, realização de pesquisas, reforma de salas de aula e montagem um pequeno auditório para cursos de capacitação, realização de palestras, dias de campo e seminários.
Números do Senar-RS nos últimos 25 anos
Formação profissional – 1.354.589
Promoção Social – 1.092.329
Programa Alfa – 30.323
Agrinho alunos - 6.796.347
Agrinho professores – 513.369
Total – 9.756.634 pessoas atendidas

quinta-feira, 19 de abril de 2018

MUDANÇA NA CURVA DE INFLAÇÃO DO AGRO




Depois de 14 meses em queda, os índices de inflação do agronegócios, medidos pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul), registraram alta no acumulado de 12 meses. Na comparação de março com fevereiro, o aumento nos preços recebidos foi de 5,83%.
O maior crescimento  foi do milho, 13%. A valorização reflete redução na safra argentina e perspectiva de escassez no mercado interno, aponta o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Nota da CNA sobre Criminalidade do Campo



O assassinato do pecuarista Elói Pereira Duarte, em Poxoréu, Mato Grosso, na madrugada do último domingo (15.04), mostra como a criminalidade destrói famílias que vivem e trabalham no campo. Hoje, produtores rurais estão sob risco constante, inseguros e com medo de ficar em suas propriedades.
Elói Pereira Duarte foi encontrado morto em sua fazenda onde criava gado depois de denunciar o abate clandestino no local. Ele não é o único. 
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as Federações e os Sindicatos exigem ações enérgicas e certeiras dos responsáveis pela segurança pública para combater a criminalidade que se alastra no meio rural de todo o país.
Quando não tira vidas como no caso do pecuarista Elói Pereira Duarte, a criminalidade destrói o patrimônio, anos de trabalho pesado desaparecem da noite para o dia nas mãos de quadrilhas especializadas, violentas. Um trauma que os produtores e seus familiares carregam pelo resto da vida. 
Os crimes no campo fazem parte de um tema prioritário para todo o Sistema CNA/SENAR/ICNA. Por esse motivo, a Confederação criou no ano passado, por meio de seu Instituto, o Observatório da Criminalidade no Campo. Os produtores de todo o País devem preencher um formulário no site da CNA (cnabrasil.org.br) , sob a condição de anonimato, como forma de relatar casos que ocorreram em suas propriedades, para que possam ser tomadas as devidas providências.
O objetivo é traçar um diagnóstico e propor aos órgãos competentes ações estratégicas que ajudem a conhecer e combater a criminalidade.
Os governantes em todas as esferas contam com o Sistema CNA/SENAR/ICNA na busca de respostas e apoio para a solução do problema. O produtor rural precisa de tranquilidade para continuar trabalhando e produzindo para alimentar a população e ajudar na recuperação econômica do Brasil.
 
CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL – CNA 

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Agronegócio lidera exportações e saldo comercial



A produção brasileira de grãos na safra 2017/18 deverá alcançar 229,53 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A soja é a maior responsável pelo bom desempenho da produção. A leguminosa, em fase final de colheita, deve alcançar 114,96 milhões de toneladas, aumento de 0,8% ante a safra anterior. Por isso, quando alguns atacam os agropecuaristas do Brasil em nome de um viés absolutamente ideológico, sem fundamentos sequer razoáveis, também se fica sabendo que as exportações do agronegócio cresceram 4,1% em valor em março em relação a igual mês de 2017, segundo o Ministério da Agricultura. O faturamento alcançou, no mês passado, US$ 9,08 bilhões, ante US$ 8,73 bilhões de março/2017. Já as importações cederam 6,9% em valor, para US$ 1,29 bilhão, resultando em um saldo comercial positivo de US$ 7,79 bilhões. Salientaram-se, no valor exportado, o complexo soja, carnes, produtos florestais, complexo sucroalcooleiro e café. Estes cinco segmentos representam 84,4% das exportações do setor. Ora, quando estamos vivendo uma turbulência jurídico-política é bom confirmar, mais uma vez, da importância das commodities do País. Mesmo que se lembre que o ideal seria vender com valores agregados, o agronegócio surge, historicamente, como um setor robusto da economia e que sustenta, em tempos de crise econômico-financeira, a balança comercial brasileira. Em consequência, ajuda no equilíbrio das contas externas, algo mais do que importante também. A Ásia se manteve como principal região de destino das exportações do agronegócio, somando US$ 4,65 bilhões. A União Europeia ocupou a segunda posição no ranking de blocos econômicos e regiões geográficas de destino das vendas externas do agronegócio nacional no mês. Assim, o superávit comercial do agronegócio subiu de US$ 16,76 bilhões para US$ 17,86 bilhões, um recorde. Portanto, os recentes ataques contra os financiamentos recebidos pelo setor - que são pagos aos bancos, com ou sem incentivos de juros menores - não correspondem à verdade. O fato é que o agricultor sempre está com um olho na lavoura e outro no céu, buscando cuidar do que plantou e para antecipar o tempo que terá pela frente, sol ou chuva, calor ou frio. Uma mudança brusca, como tem acontecido, pode derrubar plantações inteiras, trazendo prejuízos irrecuperáveis. É histórica a participação do agronegócio na economia gaúcha, fazendo oscilar, vez que outra, como atualmente, a arrecadação do Tesouro Estadual, com suas boas ou más consequências. Por isso não se compreende tanta aversão ao trabalho agrícola, mesmo se sabendo que em todas as atividades humanas sempre podem ocorrer problemas, inclusive desvios de conduta. Muito antagonismo contra um setor tão maiúsculo da nossa economia. Mesmo com industrialização crescente do Rio Grande do Sul nas últimas décadas, cabe ao agronegócio alavancar fornecedores e empregar muito, apesar de toda a mecanização surgida, com máquinas fazendo o trabalho de diversos trabalhadores. Mas, o engenho humano ainda é insubstituível na operação destas maravilhas tecnológicas no plantio e, muito mais, na colheita daquilo que é plantado. Portanto, criticar os agropecuaristas é, além de uma injustiça ao generalizar, ofender um setor da economia que só tem trazido bons resultados ao Estado e ao Brasil como um todo. Falta uma visão correta do setor, para alguns, que não enxergam a pujante agropecuária real.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Equipe do Mapa esteve na Farsul para discutir as cadeias de arroz, leite e trigo


O secretário Executivo e ministro em exercício do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, esteve na sede da Farsul, nesta segunda-feira (9/4), para a elaboração de estratégias para o desenvolvimento das culturas do trigo, arroz e leite do estado. A reunião foi promovida pelo presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, que articulou o encontro com o secretário e o próprio Ministro, Blairo Maggi, durante a Expodireto Cotrijal, no mês de março. O objetivo é a implantação de planos semelhantes ao lançado pelo Mapa para a fruticultura em parceria com o setor privado.
O presidente do Sistema Farsul , Gedeão Pereira, ressalta que foram dados os encaminhamentos possíveis, não exatamente os necessários .”O ministro tem uma ideia estruturante que é semelhante a nossa. Seriam políticas agrícolas determinadas, de caráter duradouro, para que as cadeias não fiquem nessa instabilidade que tem sido nefasta ao crescimento delas”, comentou.
Novacki explica que o objetivo é desenvolver programas de governança que vão além das soluções emergenciais.  “É um projeto para unir boas práticas, estudar e abrir novos mercados internacionais, além de valorização do produto por meio de estratégias de marketing”, detalha. Para o secretário, o trabalho depende da mudança de comportamento.  “Se nós queremos ser grandes, precisamos pensar grande. É uma questão de sobrevivência. Para que a gente continue ocupando espaços precisamos nos organizar”, avalia.
Antes de discutir cada cultura individualmente, o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz apresentou sugestões visando melhorar as atuais políticas públicas do setor. Conforme o economista, além de ter poucos recursos disponíveis, o governo gasta mal. “A maior parte são para folha de pagamento e custos administrativos e tributários em bancos oficiais. Precisamos usar melhor os recursos em políticas públicas que realmente façam a diferença na vida do produtor”, indica.
Os problemas enfrentados pelo arroz e leite não são muito diferentes.  As questões envolvendo o Mercosul estão entre as principais reclamações. A diferença nos valores dos insumos que acabam por interferir diretamente na competitividade do produtor brasileiro foi debatida. A demanda da Farsul, que já foi levada à FPA, recebeu a promessa de comprometimento do ministro em revisar a questão para todas as cadeias.
O presidente da Comissão do Arroz a Farsul, Francisco Schardong, destaca que o cereal passa por dificuldade por um longo período . Para ele, isso acontece porque muitos soluções apresentadas pelo governo não passam pela real demanda da lavoura. “É um setor que vem se afundando ano a ano. O Plano Safra para o arroz é uma miragem, a gente não consegue chegar nele”, reclama.
Farsul, Fetag e Sindilat entregaram documento ao ministro solicitando a escoamento de 50 mil toneladas de leite em pó ou o equivalente em UHT. O mecanismo utilizado seria por meio de compras governamentais e pela utilização do Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para derivados lácteos (leite em pó, UHT e queijos).
Já a sustentabilidade da triticultura está comprometida, conforme o presidente da Comissão das Culturas de Inverno da Farsul, Hamilton Jardim. Ele lembrou que o Plana Safra cobre, apenas, entre 55% e 60% dos custos de produção, o que colabora na redução da área plantada nos últimos anos. “Temos problemas de custos de produção, de preço mínimo, de seguro agrícola. Além disso, os produtores ainda não receberam o Pepro da safra anterior”, aponta o dirigente que destaca que a produção do trigo não representa 70% do consumo no país.
A reunião se estendeu ao longo do dia e teve a participação, além dos diretores da Farsul, de integrantes da equipe técnico do Mapa, parlamentares estaduais e federais, representantes da Fetag, Federarroz, Sindilat, entre outros. Em 30 dias acontecerá um novo encontro em Brasília quando as culturas de arroz e leite irão apresentar uma proposta de estruturação para as cadeias.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Farsul em Campo

Aconteceu ontem dia 05 de abril, o evento em parceria com o Sindicato Rural de Pelotas, no recinto da Associação Rural a interiorização chamada de Farsul em Campo, desde fevereiro Gedeão Pereira tem percorrido municípios como forma de marcar um novo estilo de gestão da federação que, segundo ele, nas últimas décadas teve suas ações e decisões concentradas na figura do ex-presidente. Sperotto teve a envergadura de um grande líder estadual e nacional. Estamos tentando substituí-lo da melhor maneira possível.Temos  maneira bastante diferente de gerir o processo, com maior abertura e implantação de uma governança corporativa a várias mãos.
O rumo é o mesmo, mas com maneira de executar diferente. Foi assim que o presidente da Federação da Agricultura, resumiu sua atuação. Há cinco meses no comando substituindo Carlos Sperotto, morto em dezembro após 20 anos á frente da entidade, ontem o representante dos grandes produtores rurais do Estado esteve em Pelotas pela primeira vez para um encontro com diretores de 14 sindicatos da Zona Sul, regional 7, do Sistema Farsul.
Durante a manhã, o encontro serviu como uma espécie de prestação de contas da Farsul, Senar e Casa Rural, mostrando aos produtores da região o trabalho da atual gestão. A preocupação das entidades é manter a categoria engajadas para evitar quedas na contribuição sindical, uma vez que o pagamento obrigatório deixou de existir. "E preciso manter vivo este sistema que representa os agricultores", alertou o superintendente do Senar, Gilmar Tietböhl.
Além de mostrar avanços obtidos através de articulação política do sindicato, como derrubada de vetos presidenciais de vetos presidenciais ao Funrural e facilitação do pagamento de dívidas, a interiorização também ouviu dos produtores relatos sobre as dificuldades enfrentadas na região por conta da estiagem. Culturas como soja e arroz foram bastantes atingidas e deverão ter queda em relação á última safra.A projeção, conforme o presidente do Sindicato Rural de Pelotas, é de uma redução de 30% na colheita da oleaginosa por conta da escassez de chuvas durante o período de desenvolvimento das lavouras.
Teremos também queda no arroz.Na região houve redução média de 5% na área plantada. Em Pelotas foi maior de 9%. Fomos impactados por um outubro de chuvas acima do normal.
Em seu discurso durante a abertura do evento, Gedeão lembrou do peso da Farsul possui na hora de articular decisões políticas relativas ao setor rural no país.Segundo ele, a federação é a mais importante representação regional de agricultores junto a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA).


terça-feira, 3 de abril de 2018

FUNRURAL Retroatividade será contestada



Produtores rurais de todo o país participam amanhã, em Brasília, de uma manifestação contra a cobrança retroativa do Funrural, pela criação de um programa de securitização da dívida agrícola e pelo fim do que denominam "estado policialesco e confiscató- rio" que, segundo os organizadores converte simples irregularidades trabalhistas em crimes análogos ao da escravidão. A mobilização foi convocada pela União Democrática Ruralista (UDR).