sexta-feira, 23 de março de 2018

Pastagens gaúchas apresentam recuperação



Nas áreas de pecuária, a  chuva ocorrida proporcionou  a recuperação das pastagens e  das aguadas. De acordo com a  Emater, os campos nativos estão  apresentando um bom rebrote.
As pastagens perenes de  verão têm apresentado boa taxa  de crescimento vegetativo, enquanto que as pastagens anuais  de verão já começam a perder  força pela proximidade do fim  de ciclo de crescimento e pela  mudança de estação do ano.  Além disso, a ocorrência de  chuvas vai desencadear o plantio das pastagens de inverno  nas áreas onde está se colhendo  a soja. A comercialização de terneiros, que geralmente acontece  em maio, este ano poderá iniciar mais cedo, principalmente  se os preços da soja estiverem  altos na colheita.
De acordo com o Boletim  Meteorológico Semanal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, o período entre  22 e 28 de março novamente  apresentará chuva significativa em grande parte do Estado.  Os totais acumulados previstos  para o período deverão superar  os 50 mm na maioria das localidades em parte da Campanha,  Fronteira Oeste, Missões e no  Vale do Uruguai. No restante do  Estado, os valores oscilarão entre 30 e 50 mm.

ARROZ RS é o líder das exportações

O arroz produzido no Rio Grande do Sul foi responsável por 94,9% das exportações do grão do país. De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), no ano comercial do arroz, de março de 2017 a fevereiro de 2018, foram embarcadas 794 mil toneladas, sendo que 753,8 mil toneladas, no valor de 269,7 milhões de dó- lares, no Estado. No período, o saldo da balança comercial do arroz teve um superávit de 35,9 mil toneladas. O resultado foi comemorado pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz).

SEGURO RURAL Participação privada será testada neste ano

Projeto que divide pagamento entre produtores, governo e empresas contará com verba de R$ 5 milhões
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou nesta semana as regras para que a iniciativa privada ajude o produtor rural a pagar as operações de seguro rural no país, em 2018. Inicialmente será testado o projeto-piloto que vinha sendo proposto por um grupo de trabalho fora da esfera governamental e que prevê a suplementação privada para as culturas da soja e milho primeira safra, no âmbito do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural. De acordo com a resolução, o pagamento das apólices poderá ser compartilhado entre o produtor, o agente privado e o governo federal (por subvenção). A participação pública ficará limitada a 25% do valor, enquanto os outros 75% serão pactuados entre o produtor rural e o agente privado, sendo que cada uma das partes terá que se responsabilizar por percentuais entre 25% e 50%. Dos R$ 384 milhões que o governo federal destinará para subsidiar o seguro rural neste ano, uma fatia de R$ 5 milhões será utilizada na experiência. O coordenador-geral de Seguro Rural da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Diego Melo de Almeida, espera que, com esta proposta, "ocorra o aumento da procura pelo seguro por parte dos produtores rurais, a redução efetiva de custo de aquisição das apólices e o maior envolvimento do setor privado interessado na mitigação de riscos". O presidente da Comissão Consultiva dos Entes Privados do Seguro Rural, Pedro Loyola, diz que, diante dos baixos recursos para subvenção, esta iniciativa do governo garantirá que o produtor pague, no máximo, 50% do valor da apólice. Para Loyola, a modalidade é também um bom negócio para o governo já que, no sistema tradicional, ele subsidia, em média, 40% do prêmio e, agora, passa a ter responsabilidade sobre 25%. O assessor de Relações Institucionais da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), Geraldo Mafra, acredita que o projeto-piloto terá adesão das empresas, já que o setor privado também é vulnerável a riscos. "Este modelo é uma quebra de paradigmas", considera Mafra. "O objetivo agora é dialogar com as empresas e o mercado segurador para divulgar esta proposta do governo". O presidente da Associação dos Produtores de Milho (Abramilho/RS), Ricardo Meneghetti, considera "um avanço" a inclusão da iniciativa privada. No entanto, defende que o ideal seria o governo aumentar a subvenção do seguro renda para que o produtor, em caso de perdas, pudesse cumprir suas obrigações com os custos da lavoura e ainda obter rendimento para poder viabilizar a safra seguinte. "Sem uma garantia de renda, o produtor de milho não se sente estimulado a ampliar sua produção ou continuar produzindo", afirma. Neste ano, o Mapa vai disponibilizar R$ 20 milhões para subvenção do seguro renda.

quarta-feira, 21 de março de 2018

LEITE Referência está próxima de R$1


Anunciado ontem, na reunião do Conseleite, o valor de referência do litro do leite pago ao produtor no Rio Grande do Sul para o mês de março é de R$ 0,9901 e está 2,56% acima do consolidado em fevereiro, de R$ 0,9654. A alta, segundo o vicepresidente do Conseleite e presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, foi puxada pela recuperação de 6,73% do preço do litro de leite UHT. "Estamos num período de menor produção, o que indica que o preço vai continuar subindo", previu Guerra.

ARROZ Entidades defendem redução de estoques


Confirmada pelo ministro Blairo Maggi durante a Expodireto Cotrijal, o mecanismo de Aquisições do Governo Federal (AGF) voltado à cadeia do arroz é visto com restrições por entidades do setor. O presidente da Câmara do Arroz da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Francisco Schardong, afirma que a operação é importante, mas ressalta que o fundamental neste momento seria diminuir os estoques, algo que a AGF não proporciona. "É uma aquisição que fica na mão do governo. A não ser que seja feita para doações internacionais ou doação social", observa o dirigente. Uma das alternativas em discussão seria a destinação de arroz adquirido pelo governo federal para refugiados venezuelanos que ingressaram no Brasil recentemente. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, ressalta que as AGF deverão fortalecer o piso do preço do arroz. O mecanismo é considerado importante principalmente para cooperativas e pequenos produtores que não conseguem acessar as operações de PEP e Pepro. "Também é menos burocrático e dá mais segurança ao produtor", acrescenta Dornelles. O dirigente, no entanto, entende que o mecanismo deve ser usado com equilíbrio, "para que amanhã ou depois estes estoques não virem um problema para o produtor". Por outro lado, Dornelles pondera que o Rio Grande do Sul − responsável por 70% da produção nacional de arroz − vai colher um volume significativamente mais baixo neste ano em relação ao ciclo passado. "Esse estoque possivelmente poderá ser usado numa eventual escassez de produto", complementa.


18ª EXPOAGRO AFUBRA


Preocupação com leite marca abertura da feira

Presidente da Afubra lembrou que os agricultores investiram na diversificação e agora sofrem prejuízos
A cobrança de medidas do governo federal que estabilizem oferta, demanda e preços do leite foi a tônica do discurso do presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, na cerimônia de abertura da 18ª Expoagro Afubra, ontem, em Rincão Del Rey, distrito de Rio Pardo. Werner disse que a Afubra estimula os produtores da região a fazerem a rotação do plantio do tabaco com outras culturas e que muitas famílias investiram recursos na produção de leite, amargando prejuízo com a crise. "Os governos precisam estabelecer cotas de importação e política de preços que remunere adequadamente o produtor", ressaltou. O dirigente afirmou que o que se viu em 2016 e 2017 foi um grande descuido por parte das autoridades, que deixaram entrar leite importado no país a ponto de desestabilizar o mercado interno. "E de nada adiantam medidas paliativas como prorrogação de dívidas, o produtor precisa é de proteção e preço", pontuou. O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, destacou a importância de o poder público amparar os que não têm voz nos momentos de dificuldade. "Devemos encontrar maneiras e formas de superação. Enxergar quem produz e faz. Não podemos alimentar a desesperança", frisou. O presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar na Câmara de Deputados, Heitor Shuch, salientou o papel relevante da Expoagro Afubra nas discussões que interessam ao produtor. "Aqui já foram discutidos temas importantes como o Código Florestal. É aqui também que enxergamos que quem salva o Brasil é o setor agropecuário", acrescentou. O presidente da Afubra considerou o público de ontem "acima da média", mesmo que tenha chovido de manhã. Segundo Werner, a parceria com empresas de transporte para levar produtores da região ao evento garantiu o sucesso do primeiro dia. Sobre expectativa de vendas, o dirigente preferiu evitar previsões. "Esta é uma feira de caráter educativo, os produtores vêm aqui em busca de soluções para seus problemas. Faturamento é uma consequência",

quinta-feira, 8 de março de 2018

TALENTO MULTIPLICADO

A participação das mulheres no agronegócio vem crescendo. Pesquisa feita pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio revelou que, nos últimos quatro anos, a presença feminina no segmento saltou  de 10% PARA 31%, No parque da Expodireto, elas também aparecem, mostrando que vêm tomando as rédeas dos negócios.

CONSUMO DEVE RECUPERAR O LEITE


Depois de um 2017 em crise, em que o recuo no  preço deixou o produtor de leite sob maus lenções, a perspectiva de recuperação em 2018 soa como música aos ouvidos. Mas para que ocorra de fato, é preciso que a retomada do consumo se concretize.
_ A demanda será um aspecto importante- ressaltou Marcelo Carvalho, CEO da Agripoint, durante o 14º Fórum Estadual de Leite- Cotrijal.
O especialista projeta cenário de recomposição de valores no primeiro semestre. Para o segundo, o quadro é mais incerto - em razão de fatores como a eleição, devendo haver estabilização do preço, seguida de posterior ajuste para baixo.