quinta-feira, 21 de março de 2019

Secretaria da Agricultura pede estudo para retirada do exame de mormo

 Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) iniciou processo para solicitar a retirada da exigência do exame de mormo ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O mormo é uma doença de equídeos (cavalos, asininos e muares) causada por bactéria que tem potencial zoonótico (pode ser transmitido a seres humanos) e para a qual não há cura nem prevenção por vacinas.
A pedido do secretário Co-vatti Filho, a pasta deve começar, em breve, uma coleta abrangente de 5 mil amostras de equinos de diferentes regiões gaúchas, para verificar a ausência da doença nos animais.
A coleta de amostras faz parte de uma lista maior de exigências especificadas pela Instrução
Normativa n° 06/2018 do Ministério da Agricultura para declarar uma área como zona livre de mormo - tais como controle de trânsito animal, controle de fronteiras, registro de proprietários entre outros.
"É um procedimento complexo que passou por várias etapas, inclusive pela capacitação de médicos-veterinários do Rio Grande do Sul para o diagnóstico do mormo", afirma Rita Dulac Domingues, fiscal estadual agropecuária do Programa Estadual de Sanidade de Equídeos.
Assim que o Estado tiver os resultados dos exames e alcançar três anos sem registro de caso confirmado da doença, a Secretaria solicitará uma auditoria do ministério, para avaliar o cumprimento das condições técnicas exigidas na IN 06/2018.

Duplicação da BR-116 é prioridade para o governo federal


O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou ao deputado Afonso Hamm que a conclusão da duplicação da BR-116 será prioridade do governo federal. A confirmação foi feita nesta quarta-feira (20), em Brasília, durante reunião com Bancada Gaúcha.

Na ocasião, Hamm entregou ao ministro o convite para o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Conclusão da BR-116 e reforçou que em época de safra o tráfego na rodovia aumenta consideravelmente, comprometendo o escoamento da produção de grãos até o Porto do Rio Grande e elevando o número de acidentes.

“O ministro Tarcísio conhece a realidade da BR-116 e foi categórico no sentido de que precisamos concluir e liberar trechos. Como os recursos orçamentários são limitados, somente após finalizarmos as obras que estão em andamento serão iniciadas outras”, ressaltou.

Em sua manifestação, Afonso Hamm também salientou a preocupação com a questão social, pois de acordo com dados da PRF-RS, em quatro anos foram registrados 112 vítimas e mais de mil acidentes, na maioria absoluta frontais, decorrentes de ultrapassagens mal sucedidas em pista simples.

Acompanharam a audiência o senador Luís Carlos Heinze, a secretária de Relações Federativas e Internacionais do governo do RS, Ana Amélia Lemos, o superintendente do DNIT-RS, Delmar Pellegrini Filho, deputados federais e estaduais.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Sistema Farsul e Instituto CNA começam a mapear ecossistema de inovação no RS



O Sistema Farsul realizou, nesta segunda-feira, 18/03, em conjunto com Sistema CNA, e o Sebrae o mapeamento do ecossistema de inovação no agronegócio gaúcho. O Rio Grande do Sul foi um dos cinco estados brasileiros escolhidos para receber a iniciativa que visa diagnosticar o ambiente e todos os atores que estão envolvidos neste processo. 
A migração é da cidade para o campo, pelo menos no universo das empresas de inovação, que nasceram no ambiente urbano e agora buscam o meio rural, afirma o secretário-executivo Superintendente do Instituto CNA, André Sanches. O resultado desta migração é a apresentação de soluções tecnológicas que nem sempre estão relacionadas aos problemas do campo: “a participação da agropecuária na economia brasileira tem chamado a atenção das startups. Mas nem sempre as inovações que chegam até nós atendem aos anseios do produtor. Cada região tem necessidades diferentes. Preliminarmente, já identificamos que o Rio Grande do Sul é muito heterogêneo, então uma só solução não atenderá a todos”, afirma Sanches.
O mapeamento está sendo realizado com consultoria da Startup Commons, empresa finlandesa que usa ferramenta de dados e metodologias próprias para mensurar ecossistemas de inovação. O objetivo é garantir mais transparência às informações para propiciar a formação de parcerias e disponibilização de recursos, explica o CEO da Startup Commons Oscar Ramirez.
O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, lembrou que o Rio Grande do Sul sempre foi um estado de vanguarda no agronegócio, portanto não pode deixar de acompanhar as inovações que vem transformando rapidamente o campo. O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, identificou que os frequentadores dos cursos oferecidos pelo SENAR-RS demonstram interesse em conhecer novas tecnologias, por isso o ambiente é favorável para aproximar produtores e empresas. No entanto, Condorelli ressaltou que um dos principais problemas enfrentados pelo produtor gaúcho é o alto custo de produção, portanto as soluções desenvolvidas devem vir para reduzir o gasto e não para onerar ainda mais o produtor.
O chefe da Divisão de Estudos Avançados e Inovação do Senar-RS Antonio da Luz, enfatizou que o mapeamento é uma oportunidade de transformar problemas em soluções e novos negócios para produtores e Agtechs. Segundo levantamento apresentado pelo jornalista e engenheiro agrônomo, Donário Lopes, o Rio Grande do Sul conta com 900 startups, sendo 40 delas consideradas Agtechs.
Participaram ainda do evento o secretário da Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Luís da Cunha Lamb e o superintendente do Sebrae RS, André Godoy.
O grupo formado por Sistema Farsul e Instituto CNA deve realizar visitas a parques tecnológicos, entrevistas com empresários e visitas de campo durante toda a semana para elaboração do mapeamento do ecossistema da inovação.

Exportações do agronegócio registram queda de 28% em fevereiro

O mês de fevereiro registrou um movimento atípico e inesperado nas exportações do agronegócio ao apresentar queda de 28% em relação ao mesmo período de 2018 no valor, atingindo US$ 580 milhões. Em volume a retração foi ainda maior, chegando a um total de 684 mil toneladas, resultado 48% menor. O Complexo Soja aparece como principal ofensor, com a marca de -79% no faturamento e -77% no volume. Os dados estão no Relatório do Comércio Exterior do Agronegócio, divulgado nesta terça-feira, dia 18, pelo Sistema Farsul. 
Ainda na comparação com fevereiro de 2018, o mês passado também teve queda no Grupo Carnes e Cereais marcando -14,7% e -56,7% no valor e -13,4% e -54% no volume, respectivamente. O desempenho positivo ficou com o Grupo Fumo e seus Produtos, com alta de 35,6% no faturamento e 32,7% na quantidade. Outro destaque fica para Produtos Florestais com crescimento de 20% em valor e 16,9% em volume.
Na comparação com janeiro de 2019, no último mês observou-se queda de 37,4% no faturamento e 53% no volume exportado. Novamente o Grupo Complexo Soja apresentou a maior retração com diminuição de 56% no valor e 54% no volume. O Grupo Cereais também apresentou resultado negativo, chegando a -76,7% em valor e -78% em volume. Assim como Produtos Florestais, com -64% no faturamento e -51% no volume. Como destaque positivo temos o grupo Fumo e seus Produtos com aumento 12% no faturamento e 24% no volume e Grupo Carnes com aumento no faturamento de 1%, enquanto o seu volume exportado cresceu 5,3%. 
Com o resultado de fevereiro, o acumulado do ano mostra declínio de 6,2% nos valores em relação ao mesmo período de 2018. Com queda nos grupos Complexo Soja (-64%), Carnes (-20,5%) e Cereais (-1,6%). Em movimento contrário, os Grupos Fumo e Seus Produtos (24%) e Produtos Florestais (131%) iniciam o ano com crescimento. O agronegócio foi responsável por 56,4% das exportações do Rio Grande do Sul no último mês. A China, principal parceiro do setor, respondeu por 30% das vendas, com Estados Unidos (6,8%) e Japão (6,1%) vindo na sequência.

segunda-feira, 18 de março de 2019

Audiência traça reivindicações

A audiência pública da comissão de Agricultura do Senado na Expodireto, coordenada pelo senador Luis Carlos Heinze, reuniu o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, e representantes de entidades como Farsul, Fetag, Federarroz, Fecoagro, Aprosoja, cerealistas, cooperativas e revendas de insumos para tratar do crédito rural, seguro agrícola e perspectivas para 2019, ontem, na Expodireto. 
As principais reivindicações apresentadas pelos representantes do setor agrícola foram aumento dos recursos para o seguro rural e revisão do modelo usado para o crédito rural. "Senti que há uma insegurança sobre o futuro e passei que se ocorreram mudanças no crédito rural, serão de forma gradual, onde os pequenos e os médios serão preservados", revelou Sampaio.

Liberação em tempo recorde



O Banrisul conseguiu ontem, no encerramento da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, liberar um financiamento de duas máquinas agrícolas em apenas uma hora e cinquenta e quatro minutos, tempo recorde em 90 anos de existência da instituição. O comprador é o produtor rural Edinardo da Silva Dalenogari, que já possuía um crédito préaprovado no Banrisul. Dalenogari adquiriu uma plantadeira e um trator para serem usados em sua propriedade, em Santiago. 
O produtor afirmou ter buscado o Banrisul pela agilidade e pelo relacionamento que tem com a agência do banco em Tupanciretã