quarta-feira, 20 de março de 2019

Sistema Farsul e Instituto CNA começam a mapear ecossistema de inovação no RS



O Sistema Farsul realizou, nesta segunda-feira, 18/03, em conjunto com Sistema CNA, e o Sebrae o mapeamento do ecossistema de inovação no agronegócio gaúcho. O Rio Grande do Sul foi um dos cinco estados brasileiros escolhidos para receber a iniciativa que visa diagnosticar o ambiente e todos os atores que estão envolvidos neste processo. 
A migração é da cidade para o campo, pelo menos no universo das empresas de inovação, que nasceram no ambiente urbano e agora buscam o meio rural, afirma o secretário-executivo Superintendente do Instituto CNA, André Sanches. O resultado desta migração é a apresentação de soluções tecnológicas que nem sempre estão relacionadas aos problemas do campo: “a participação da agropecuária na economia brasileira tem chamado a atenção das startups. Mas nem sempre as inovações que chegam até nós atendem aos anseios do produtor. Cada região tem necessidades diferentes. Preliminarmente, já identificamos que o Rio Grande do Sul é muito heterogêneo, então uma só solução não atenderá a todos”, afirma Sanches.
O mapeamento está sendo realizado com consultoria da Startup Commons, empresa finlandesa que usa ferramenta de dados e metodologias próprias para mensurar ecossistemas de inovação. O objetivo é garantir mais transparência às informações para propiciar a formação de parcerias e disponibilização de recursos, explica o CEO da Startup Commons Oscar Ramirez.
O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, lembrou que o Rio Grande do Sul sempre foi um estado de vanguarda no agronegócio, portanto não pode deixar de acompanhar as inovações que vem transformando rapidamente o campo. O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, identificou que os frequentadores dos cursos oferecidos pelo SENAR-RS demonstram interesse em conhecer novas tecnologias, por isso o ambiente é favorável para aproximar produtores e empresas. No entanto, Condorelli ressaltou que um dos principais problemas enfrentados pelo produtor gaúcho é o alto custo de produção, portanto as soluções desenvolvidas devem vir para reduzir o gasto e não para onerar ainda mais o produtor.
O chefe da Divisão de Estudos Avançados e Inovação do Senar-RS Antonio da Luz, enfatizou que o mapeamento é uma oportunidade de transformar problemas em soluções e novos negócios para produtores e Agtechs. Segundo levantamento apresentado pelo jornalista e engenheiro agrônomo, Donário Lopes, o Rio Grande do Sul conta com 900 startups, sendo 40 delas consideradas Agtechs.
Participaram ainda do evento o secretário da Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Luís da Cunha Lamb e o superintendente do Sebrae RS, André Godoy.
O grupo formado por Sistema Farsul e Instituto CNA deve realizar visitas a parques tecnológicos, entrevistas com empresários e visitas de campo durante toda a semana para elaboração do mapeamento do ecossistema da inovação.

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