O Sistema Farsul realizou, nesta segunda-feira, 18/03, em conjunto com Sistema
CNA, e o Sebrae o mapeamento do ecossistema de inovação no agronegócio gaúcho.
O Rio Grande do Sul foi um dos cinco estados brasileiros escolhidos para
receber a iniciativa que visa diagnosticar o ambiente e todos os atores que
estão envolvidos neste processo.
A migração é da cidade para o campo, pelo menos no universo das empresas de
inovação, que nasceram no ambiente urbano e agora buscam o meio rural, afirma o
secretário-executivo Superintendente do Instituto CNA, André Sanches. O
resultado desta migração é a apresentação de soluções tecnológicas que nem
sempre estão relacionadas aos problemas do campo: “a participação da
agropecuária na economia brasileira tem chamado a atenção das startups. Mas nem
sempre as inovações que chegam até nós atendem aos anseios do produtor. Cada
região tem necessidades diferentes. Preliminarmente, já identificamos que o Rio
Grande do Sul é muito heterogêneo, então uma só solução não atenderá a todos”,
afirma Sanches.
O mapeamento está sendo realizado com consultoria da Startup Commons, empresa
finlandesa que usa ferramenta de dados e metodologias próprias para mensurar
ecossistemas de inovação. O objetivo é garantir mais transparência às
informações para propiciar a formação de parcerias e disponibilização de
recursos, explica o CEO da Startup Commons Oscar Ramirez.
O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, lembrou que o Rio Grande do Sul
sempre foi um estado de vanguarda no agronegócio, portanto não pode deixar de
acompanhar as inovações que vem transformando rapidamente o campo. O
superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, identificou que os
frequentadores dos cursos oferecidos pelo SENAR-RS demonstram interesse em
conhecer novas tecnologias, por isso o ambiente é favorável para aproximar
produtores e empresas. No entanto, Condorelli ressaltou que um dos principais
problemas enfrentados pelo produtor gaúcho é o alto custo de produção, portanto
as soluções desenvolvidas devem vir para reduzir o gasto e não para onerar
ainda mais o produtor.
O chefe da Divisão de Estudos Avançados e Inovação do Senar-RS Antonio da Luz,
enfatizou que o mapeamento é uma oportunidade de transformar problemas em
soluções e novos negócios para produtores e Agtechs. Segundo levantamento
apresentado pelo jornalista e engenheiro agrônomo, Donário Lopes, o Rio Grande
do Sul conta com 900 startups, sendo 40 delas consideradas Agtechs.
Participaram ainda do evento o secretário da Inovação, Ciência e Tecnologia do
RS, Luís da Cunha Lamb e o superintendente do Sebrae RS, André Godoy.
O grupo formado por Sistema Farsul e Instituto CNA deve realizar visitas a
parques tecnológicos, entrevistas com empresários e visitas de campo durante
toda a semana para elaboração do mapeamento do ecossistema da inovação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário