quarta-feira, 21 de março de 2018

ARROZ Entidades defendem redução de estoques


Confirmada pelo ministro Blairo Maggi durante a Expodireto Cotrijal, o mecanismo de Aquisições do Governo Federal (AGF) voltado à cadeia do arroz é visto com restrições por entidades do setor. O presidente da Câmara do Arroz da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Francisco Schardong, afirma que a operação é importante, mas ressalta que o fundamental neste momento seria diminuir os estoques, algo que a AGF não proporciona. "É uma aquisição que fica na mão do governo. A não ser que seja feita para doações internacionais ou doação social", observa o dirigente. Uma das alternativas em discussão seria a destinação de arroz adquirido pelo governo federal para refugiados venezuelanos que ingressaram no Brasil recentemente. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, ressalta que as AGF deverão fortalecer o piso do preço do arroz. O mecanismo é considerado importante principalmente para cooperativas e pequenos produtores que não conseguem acessar as operações de PEP e Pepro. "Também é menos burocrático e dá mais segurança ao produtor", acrescenta Dornelles. O dirigente, no entanto, entende que o mecanismo deve ser usado com equilíbrio, "para que amanhã ou depois estes estoques não virem um problema para o produtor". Por outro lado, Dornelles pondera que o Rio Grande do Sul − responsável por 70% da produção nacional de arroz − vai colher um volume significativamente mais baixo neste ano em relação ao ciclo passado. "Esse estoque possivelmente poderá ser usado numa eventual escassez de produto", complementa.


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