terça-feira, 22 de maio de 2018

Semana Arrozeira de Alegrete debate soluções para os problemas da lavoura


Em meio ao término de safra  com baixos preços praticados e  queda de produção, a 11ª Semana  Arrozeira de Alegrete é anunciada com temas ligados à atual situação da cultura. A intenção do  evento é debater modelos econômicos e comerciais, além de sanar dúvidas acerca dos mecanismos de exportação, alternativa ao  mercado interno. O encontro acontece entre os dias 27 de maio e 2  de junho no CTG Aconchego dos  Caranchos, em Alegrete.
A presidente da entidade promotora, a Associação dos Arrozeiros de Alegrete, Fátima Marchezan, relata que o preço atual do  produto no País está bastante desvalorizado. "O preço da saca, hoje,  varia entre R$ 34,00 e R$ 38,00,  cerca de R$ 15,00 a menos que o  pago no mesmo período do ano  passado", diz. O valor corrente é  quase R$ 10,00 a menos do que os  custos de produção por saca.
Para driblar a situação, a associação, em conjunto com o  município de Alegrete, planeja a  estruturação de uma fábrica de  Fáiŵa ďusĐa alterŶaivas para os  preços depriŵidos do Đereal  LUIZA PRADO/JC farinha de arroz, o que agrega  valor ao produto. O terreno para  instalação já foi escolhido, o projeto está em fase de prospecção de  valores. "O custo será de R$ 250  mil para a máquina de moer farinha e para a de ensacar o produto", afirma.
Fátima argumenta que esta  solução, por outro lado, não é decisiva para a situação do setor.  Ainda seria imperativo, em sua  avaliação, maior rigor na impor tações dos grãos de outros países  da América Latina, em especial do  produto paraguaio. "Os preços de  insumos como herbicidas por lá  podem ser cerca de 300% menores do que os valores encontrados  por aqui", relata.  Além disso, a presidente destaca que a alta do dólar  atua dubiamente para o setor. "Ao  mesmo tempo em que temos uma  melhor taxa de câmbio para as exportações, diversos insumos tem o  preço elevado por serem importados", lamenta. Pelas projeções para  a safra 2018/2019, diz, com a atual  conjuntura, espera-se aumento de  10% nos custos de produção.


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