quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

MATÉRIA DA ZERO HORA



REFRESCO PARA O LEITE GAÚCHO

Ainda não é o fim da crise, mas a perspectiva de compra imediata pelo governo federal do leite gaúcho em estoque é um primeiro passo importante para retomada do equilíbrio no setor.

A Companhia Nacional de Abastecimento(Conab) te, R$ 10 milhões  para aquisição imediata de leite em pó do Rio Grande do Sul. Mais R$ 10 milhões servirão para comprar leite UHTgaúcho e catarinense. Indústrias  podem se cadastrar a partir de hoje.

Conforme o diretor-executivo do Instituto Gaúcho do Leite, Ardêmio Heineck, a quantia liberada permitirá negociar cerca de mil toneladas de leite em pó do RS, aliviando a pressão sobre o valor pago ao produtor. O estoque total de leite em pó no Estado é estimado em cerca de 12 mil toneladas.

- Os 20 milhões anunciados nos dão a garantia de escoamento imediato. Em curto prazo, resolve parte do problema - diz Cleonice Back coordenadora no Estado da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar(Fetraf-Sul). 

Presidente licenciado da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado(Fetag-RS), o deputado estadual Elton Weber tem opinião parecida. Ele reforçou o pedido da entidade para criar linha de crédito emergencial dos produtores com valores por receber.

Além dos valores liberados pela Conab, recursos de convênio entre Ministério do Desenvolvimento Social e Secretaria do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo para compra de alimentos poderão ser usados para o leite - são R$ 10 milhões já alocados em 2014 e outros R$ 10 milhões empenhados ontem.

À tarde, um grupo de prefeitos pediu à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, rapidez na habilitação de três plantas gaúchas - da Cosuel, da Cosulati e da CCGL - para  exportar à Rússia. Kátia acionou a secretária de Relações Internacionais, Tatiana Lipovetskaia Palermo, que é russa, pedindo "para ontem" a liberação. 

Mais de 20 mil famílias de produtores gaúchos são afetadas pela crise do setor.

O descompasso também não faz bem a quem consome o alimento.

- Se vivemos só em função da crise, não podemos focar no consumidor - avalia Heineck.

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