A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
participou do 2º Diálogo Agrícola Brasil-Argentina, nesta quarta-feira (05), em
Buenos Aires.
O evento discutiu a agenda bilateral e os principais
desafios dos dois países no comércio internacional, entre eles a questão das
indicações geográficas na União Europeia e o arcabouço regulatório cada vez
mais restritivo promovido pelo bloco europeu, que tem aumentado a criação de
barreiras às exportações brasileiras e argentinas.
A CNA foi representada no encontro pelo presidente da
Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e diretor
responsável pela área de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira. Ele
participou da cerimônia de abertura junto ao presidente da Sociedade Rural
Argentina (SRA), Daniel Pelegrina, e do embaixador do Brasil na Argentina,
Sérgio Danese.
Em seu discurso, Gedeão exaltou o lema “juntos para
competir”, chamando a Argentina e os demais parceiros do Mercosul para
conquistar mercados em parceria. Ele reiterou a importância da Ásia para o Agro
regional afirmando que os esforços dos parceiros têm que se voltar mais pra
aquele continente.
“Para conquistar esses mercados fundamentais é necessário
estarmos permanentemente dialogando entre nós. Temos que nos entender para que
juntos cheguemos no mundo como um bloco extremamente importante, creio que o
mais importante na futura produção de alimentos”, afirmou Pereira.
No painel moderado pela assessora de Negociações
Internacionais da CNA, Camila Sande, a secretária de Mercados Agroindustriais
da Argentina, Marisa Bircher, defendeu a breve conclusão do acordo Mercosul –
União Europeia.
“Ela ressaltou a importância de acelerar também outras
negociações como Coreia do Sul, Canadá e com a Área de Livre Comércio da
Europa, alegando que passaríamos a comercializar com 30% das economias mundiais
no lugar dos 10% que temos como parceiros atualmente”, disse Camila.
Entre os encaminhamentos do encontro houve o pleito formal
dos uruguaios e paraguaios para que o evento seja ampliado à participação
deles. Além disso, brasileiros e argentinos deverão promover uma missão
comercial para a Malásia e China, em novembro. A ideia é que Uruguai e Paraguai
também participem para fortalecer ainda mais o comércio extra bloco.
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