Dados preliminares de pesquisa da CNA
mostram que criadores mantiveram condições favoráveis
A
pecuária de corte no Rio Grande do Sul fechou 2016 com condições
financeiras favoráveis. Este é um apontamento preliminar do levantamento dos
custos de produção da pecuária, elaborado na semana passada em cinco
municípios gaúchos - Santa Maria, Santo Ângelo, Alegrete, Bagé e Lavras do Sul.
"De maneira geral, os produtores destas cidades conseguiram arcar com os
custos operacionais totais da produção", diz o assessor técnico da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rafael Linhares.
Para
Linhares, uma vantagem que explica a saúde financeira obtida pelos pecuaristas
gaúchos é anão dependência da concentração das plantas frigoríficas.
"No
Rio Grande do Sul existe concorrência entre os frigoríficos, diferentemente do
que ocorre no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, onde um único grupo
domina o mercado e pressiona os preços", acrescenta.
Os
custos de produção da pecuária de corte são estudados de três em três
anos, por meio do projeto Campo Futuro, da CNA, em parceria com o Senar,
federações da agricultura e pecuária e entidades de pesquisa. O projeto
se estende por mais de cem municípios, de 13 Estados, escolhidos pela
representatividade na atividade pecuária (tamanho do rebanho, número de
animais abatidos e movimentação comercial).
Nestas
cidades, ocorrem reuniões técnicas com a presença de produtores rurais, técnicos
de campo e de revendas agropecuárias para preenchimento de uma planilha com
diversos itens que compõem os custos de produção. A pesquisa deste ano levou em
consideração dados de 2016.
O
levantamento, segundo Linhares, contribui com as instituições que, além de
tomar conhecimento sobre o impacto dos custos de produção, podem buscar
políticas públicas para o setor. Também auxilia os produtores que podem fazer
uso prático de gestão econômica.
Aversão final da
pesquisa vai ser publicada em agosto e estará disponível para consulta na Farsul
e sindicatos rurais das cidades visitadas.
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