Um projeto de lei
será protocolado na Assembleia Legislativa nos próximos dias visando à
proibição do embarque de gado vivo para a exportação no Rio Grande do Sul.
Autora da proposta, a deputada Regina Becker Fortunati disse que a iniciativa
se tornou necessária porque o Ministério da
Agricultura "não toma providências no sentido de fazer a
fiscalização devida, de acordo com o que a lei estabelece". Pelo Porto de
Rio Grande foram embarcadas 85,3 mil cabeças de gado em pé, em 2017. O assunto
foi tema de uma polêmica audiência pública, ontem à noite, na Assembleia
Legislativa, com entidades protetoras de animais de um lado e representantes do
agronegócio do outro. O presidente da Associação Brasileira
de Angus, José Roberto Pires Weber, afirmou que todos os criadores prezam pelo
bem-estar animal e não podem perder a oportunidade de se beneficiar com a
remuneração gerada por este tipo de atividade. "Isto fere o princípio da
livre iniciativa de comércio", afirmou o vice-presidente da Farsul, Fábio Avancini, referindo-se à proposta, e
destacando que as normas estabelecidas pelo Mapa "são cumpridas na sua
integralidade". Já a diretora técnica do Fórum Nacional de Proteção e
Defesa Animal, Vânia Nunes, alertou que o embarque de gado vivo é
"intrinsecamente cruel", porque, segundo sustentou, o transporte em
navios é feito de maneira inapropriada e sequer é acompanhado por número
suficiente de veterinários.
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