O
Sistema Farsul apresentou, os números relativos ao desempenho da agropecuária
neste ano e as expectativas para 2018. O cenário exibido pelo vice-presidente
da Farsul, Gedeão Pereira, evidenciou que foi um ano de grande produtividade
e pouca lucratividade. Uma safra cheia que impactará positivamente no PIB
brasileiro, mas sem uma contrapartida para o produtor rural, que perdeu em
rentabilidade devido a custos altos e preços baixos pagos pelos produtos. A
estimativa da Farsul é de uma elevação de 12,41% no PIB agropecuário
brasileiro de 2017. O índice terá uma contribuição importante no PIB como um
todo, que deverá registrar elevação de 0,86%. Apesar da alta modesta, o
indicador é relevante por apontar a retomada do crescimento depois de um
longo período de crise. “Temos a capacidade de fazer do Brasil a China do
agronegócio. Isso significa ter produto de qualidade, a preço competitivo, a
ser fornecido para todas as regiões do mundo”, projeta o vice-presidente da
Farsul, Gedeão Pereira. Ele ressalta que para alcançar esse patamar é preciso
criar condições de infraestrutura e logística, reduzir a carga tributária e a
burocracia, além de melhorar o acesso ao crédito. O economista-chefe do
Sistema Farsul, Antônio da Luz, alertou que, apesar dos números positivos de
safra e da contribuição do agronegócio para a recuperação econômica, o
produtor rural não recebeu a sua contrapartida. “Foi um ano de safra cheia e
de bolso vazio, porque a queda nos preços pagos ao produtor chegou a 25%,
enquanto que o aumento na produção foi de aproximadamente 15%. Isso significa
que o produtor colheu mais, mas faturou menos. Para a próxima safra estamos
prevendo uma redução de 6,3% na produção, mas esperamos que pelo menos o
produtor tenha uma remuneração um pouco melhor”, afirma da Luz. O economista
também ressalta que, apesar da projeção de uma safra menor em 2018, ainda
assim seria a segunda maior da história.
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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
Sistema Farsul apresenta resultados de 2017 e perspectivas para o próximo ano
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