sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

SOJA Dez focos de ferrugem no RS


Incidência é considerada normal, mas preocupa porque se multiplicou desde o final de novembro
O número de focos de ferrugem asiática identificados no Rio Grande do Sul registrou um salto nos últimos dias. Desde o final de novembro, quando o primeiro registro foi divulgado, em Cruz Alta, outras nove ocorrências foram detectadas. As lavouras de soja estão localizadas em Cruz Alta (duas ocorrências), Ijuí, Jú- lio de Castilhos, Roque Gonzales, Sananduva, Santa Rosa, Santo Augusto, Tuparendi e Victor Graeff. No mesmo período, o Paraná registrou 20 casos. Os dados são do Consórcio Antiferrugem, parceria público-privada que atua no combate à doença. Apesar do crescimento expressivo, os números até o momento estão dentro do normal, segundo a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja. Ela ressalta que os primeiros casos da doença tendem a ocorrer durante o mês de dezembro e aumentar em janeiro, o que exige que o produtor fique atento ao desempenho da lavoura. O cená- rio é favorecido por chuvas frequentes. Nos últimos anos, conforme a pesquisadora, a ferrugem asiática tem estado sob controle nas regiões produtoras. "O grande problema é que o fungo tem adquirido resistência aos fungicidas", alerta, ressaltando que pode haver prejuízos ao cultivo caso a resistência continue a se acentuar. A recomendação é que o produtor faça a rotação de culturas e que utilize fungicidas multissítios. Em ambiente propício, o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem, pode se instalar como hospedeiro da soja. Os primeiros sinais da doença são áreas mais escuras nas folhas, que posteriormente se tornam amareladas. Se a infecção evoluir, pode comprometer a formação dos grãos.

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