Incidência é considerada normal, mas
preocupa porque se multiplicou desde o final de novembro
O número de focos de ferrugem asiática
identificados no Rio Grande do Sul registrou um salto nos últimos dias. Desde o
final de novembro, quando o primeiro registro foi divulgado, em Cruz Alta,
outras nove ocorrências foram detectadas. As lavouras de soja estão
localizadas em Cruz Alta (duas ocorrências), Ijuí, Jú- lio de Castilhos, Roque
Gonzales, Sananduva, Santa Rosa, Santo Augusto, Tuparendi e Victor Graeff. No
mesmo período, o Paraná registrou 20 casos. Os dados são do Consórcio
Antiferrugem, parceria público-privada que atua no combate à doença. Apesar do
crescimento expressivo, os números até o momento estão dentro do normal,
segundo a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja. Ela ressalta
que os primeiros casos da doença tendem a ocorrer durante o mês de dezembro e
aumentar em janeiro, o que exige que o produtor fique atento ao desempenho da
lavoura. O cená- rio é favorecido por chuvas frequentes. Nos últimos anos,
conforme a pesquisadora, a ferrugem asiática tem estado sob controle nas
regiões produtoras. "O grande problema é que o fungo tem adquirido
resistência aos fungicidas", alerta, ressaltando que pode haver prejuízos
ao cultivo caso a resistência continue a se acentuar. A recomendação é que o
produtor faça a rotação de culturas e que utilize fungicidas multissítios. Em
ambiente propício, o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem, pode se
instalar como hospedeiro da soja. Os primeiros sinais da doença são
áreas mais escuras nas folhas, que posteriormente se tornam amareladas. Se a
infecção evoluir, pode comprometer a formação dos grãos.
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