quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Farsul aprova união de ministérios

A junção dos ministérios da  Agricultura e do Meio Ambiente,  medida recentemente divulgada  pelo núcleo de apoiadores que está  montando as diretrizes do governo  de Jair Bolsonaro, apresenta prós e  contras, mas é vista como positiva  pelo presidente da Farsul, Gedeão  Pereira. O dirigente foi eleito nesta  quarta-feira, em chapa única, para  a gestão dos próximos três anos da  entidade (2019 a 2021).
Sobre a fusão das pastas da  Agricultura e do Meio Ambiente,  Gedeão argumenta que há mais de  um ângulo para avaliar a proposta. Por um lado, há a necessidade  de diminuir o tamanho do Estado,  o que significa que é preciso reduzir o número de ministérios. No en tanto, por outro viés, ao reunir os  dois temas, como os assuntos ambientais não são somente pertencentes ao agronegócio, gera uma  responsabilidade enorme para  quem assumir essa incumbência.
"Sabemos que precisamos de  um nome muito entendido quanto ao agronegócio no ministério  da Agricultura, que nem sempre  tem os mesmos entendimentos do  ministério do Meio Ambiente, são  questões um pouco diferentes",  pondera. Gedeão afirma, criticamente, que o ministério do Meio  Ambiente se tornou uma ONG (Organização Não Governamental),  sendo então salutar que seja colocado sob uma gestão que tenha  um pensamento aliado à classe  empresarial brasileira.  Médico veterinário e produtor  rural, tendo completado 70 anos  na terça-feira, Gedeão assumiu um  "mandato tampão" na Farsul em  janeiro deste ano, logo após a mor te do ex-presidente Carlos Sperotto (falecido em dezembro de 2017).  Quanto a sua missão, o dirigente  adianta que é manter a entidade  do tamanho que o seu antecessor  a deixou. Porém, Gedeão salienta  que os desafios minimizaram a  partir dos resultados das eleições  de domingo. "Conseguimos eleger alguém que tem o pensamento da classe empresarial brasileira,  na qual nós nos incluímos", frisa.  Um dos pontos que será defendido pelo governo Bolsonaro, segundo o dirigente, é o "calcanhar de  Aquiles" do agronegócio, que é o  respeito do direito à propriedade.  Para ele, esse direito será respeitado e não relativizado como nos últimos 22 anos.
A contagem de votos na Farsul  transcorreu em um clima bem-humorado. Para os vários produtores  que estavam presente na sede da  entidade, Gedeão aproveitou as luzes que piscavam constantemente  no edifício, devido a um problema  elétrico, para anunciar que "Sperotto estava na casa". Foram 119  votos registrados, sendo 118 para a  chapa única e um em branco.

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