Primeira
variedade de soja transgênica desenvolvida no país entrou em campo nesta safra,
ainda de forma escalonada
Depois de
mais de uma década, a hegemonia da Monsanto no mercado brasileiro de soja
transgênica será colocada em xeque. Basf e Embrapa estão entrando na disputa
com a Cultivance, a primeira variedade geneticamente modificada totalmente desenvolvida
no país, da concepção à comercialização. Com aval de 17 países importadores do
grão e da
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), a nova
tecnologia resultado de parceria iniciada em 1996 entre a estatal e a
multinacional chega ao campo nesta safra.
A largada vai ser tímida, pois essa primeira etapa
será voltada para a multiplicação das sementes. Apenas sementeiros e 150
produtores de oito Estados (Bahia, Goiás, Paraná, Rondônia, São Paulo, Mato
Grosso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul) e do Distrito Federal terão acesso a
quatro cultivares. A comercialização será iniciada no primeiro semestre do
próximo ano. Outras empresas, como Bayer e Dow, também planejam lançar
variedades de soja transgênica no mercado brasileiro em breve.
De acordo com Carlos Lasaro, pesquisador da Embrapa
Soja, uma das vantagens da Cultivance é possibilitar a rotação de
herbicidas (a variedade utiliza produto da família das imidazolinonas). É feita
uma única aplicação após a semeadura (sistema plante e aplique), em até sete
dias após o plantio, evitando, dessa forma, casos de resistência de
plantas daninhas.
A variedade também promete ganho de produtividade.
Conforme Lasaro, a expectativa é de que ultrapasse as 70 sacas em algumas
regiões, cerca de 20 a mais do que a média nacional em 2014/2015.
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