quarta-feira, 25 de maio de 2016

Soja o motor que está movendo a economia

N o início do ano, estimativas  apontavam  para  mais uma safra boa para  a soja. A expectativa era  de  colher  15,6  milhões  de toneladas no Estado. No entanto, esse número deve ser superado.  Durante o encerramento oficial da  colheita no Rio Grande do Sul, no final de abril, a Emater/RS trabalhava com a confirmação da segunda  maior safra de grãos do Estado dos  últimos 10 anos e a sua maior safra de soja da história. A produção  estimada  da  leguminosa,  segundo  a entidade, é de 16,34 milhões de  toneladas  em  5,470  milhões  de  hectares plantados. O levantamento,  realizado  em  328  municípios,  corresponde  a  80%  da  área  cultivada e indica que o aumento na  área plantada foi de 3,92% e fez o  Estado alcançar 5,470 milhões de  hectares plantados.

"O  plantio  da  soja  avança  no  Rio  Grande  do  Sul  e  isto  é  muito  importante  para  o  desenvolvimento  econômico  da  região  e  do  Estado.  Somos  parceiros  e  estamos  sempre  ao  lado  do  produtor,  inclusive  estamos  com  o  projeto  Conservar  para  Produzir  Melhor,  programa  estadual  de  conservação  do  solo  e  da  água  em  pleno  desenvolvimento,  com  ações  que  visam incentivar a cultura do manejo adequado do solo e da água,  com vistas ao aumento da produtividade com sustentabilidade", diz o  secretário estadual da Agricultura,  Ernani Polo.

O  resultado  até  poderia  ter  sido melhor se o clima tivesse colaborado mais com os produtores.  No início do ano as chuvas atrasaram a colheita da soja, que poderia  ter sido finalizada antes. A umidade  comprometeu  a  qualidade  do  grão na região Sul do Estado e, em  algumas  localidades,  os  prejuízos  estão sendo monitorados e avaliados. "O excesso de chuva em cidades como Santa Vitória do Palmar,  Jaguarão  e  Bagé  prejudicaram  a  colheita", disse o coordenador das  Comissões de Grãos da Federação  da  Agricultura  do  Estado  do  Rio  Grande  do  Sul  (Farsul),  Jorge  Rodrigues. O produtor de Cruz Alta e  presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja-RS),  Décio  Teixeira,  afirma  que  sua produção foi regular em comparação com a do ano anterior. "Os  produtores localizados na fronteira com o Uruguai tiveram perdas  devido  ao  clima  instável.  Foram  dias de muita chuva, depois muito  seco e na colheita foram registrados 28 dias de chuva novamente",  comenta.

Para  2017,  Teixeira  espera  uma colheita melhor. Segundo ele,  fatores climáticos mais regulares,  adoção  de  novas  sementes  e  irrigação devem favorecer o produtor  gaúcho de soja e fazer com que o  Estado  supere  o  Paraná  em  área  plantada  e  produção.  "O  Estado  precisa  melhorar  sua  média  de  colheita. Hoje, o Rio Grande do Sul  divide com o Paraná o segundo lugar na produção do grão. O maior  produtor  é  Mato  Grosso",  diz  ele,  que defende mais planejamento e  boa vontade por parte dos governos.  Entre  as  reivindicações  dos  produtores está menos burocracia  e  mais  acesso  a  financiamentos,  seguro  e  crédito  rotativo.  "As  autoridades precisam se preocupar e  olhar mais para o motor da economia, que é a soja", completa.

Fonte: Jornal do Comércio -RS

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