terça-feira, 13 de setembro de 2016

Renegociação de dívidas do arroz ganha novo processo

A partir de hoje, Banco do Brasil adota parâmetros menos burocráticos
A partir desta segunda-feira,  12 de setembro, o Banco do Brasil  (BB) começa a adotar novos parâmetros para as renegociações das  dívidas dos produtores de arroz  atingidos pelo El Niño na última  safra. O banco somente irá exigir  o laudo do agrônomo credenciado, substituindo processo extremamente burocrático. A informação foi confirmada após encontros  envolvendo dirigentes da instituição financeira com representantes  da Federação das Associações de  Arrozeiros do Rio Grande do Sul  (Federarroz) e Ministério da Agricultura, intensificados durante a  última Expointer.
Agora, aos produtores que perderam entre 10% e 25% da produção será necessária uma entrada  de 40% do valor do financiamento e parcelamento em três anos. Já  para quem perdeu de 26% a 50%,  serão 25% de entrada e o restante em quatro anos. E quem perdeu  acima de 50% da sua safra, que  foi grande parte dos produtores do  Rio Grande do Sul, terá parcelamento direto em cinco anos.
De acordo com o presidente da  Federarroz, Henrique Dornelles, o  Banco do Brasil tomou uma atitude correta, com medidas coerentes  com o fluxo de caixa dos produtores que tiveram perdas, lançando  normativa com o objetivo de agilizar e tornar menos burocrática as  renegociações que estavam até então paralisadas. O dirigente informa que foram realizadas diversas rodadas de conversações, visando  à preservação do caixa dos produtores atingidos. Entretanto, Dornelles alerta aos orizicultores em condições de saldar os financiamentos  que o façam. "O produtor que não  precise de renegociação que salde  os seus compromissos esse ano,  à medida que atualmente os preços são remuneradores. No próximo ano não temos essa certeza", destaca.


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