A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
encaminhou na terça-feira (12.06) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade
(Adin) contra a tabela de preços mínimos do frete para o Supremo
Tribunal Federal (STF). A medida faz parte do pacote proposto pelo governo
federal para acabar com a paralisação dos caminhoneiros em maio.
A CNA já havia divulgado, na semana passada, um estudo afirmando
que a partir do novo tabelamento, o valor do frete para cargas de grãos havia
sofrido um aumento que variava entre 35% e 150% em relação aos preços
existentes antes da medida. A pesquisa teve como amostragem os caminhões
com capacidade para 38 toneladas, que saíam de quatro regiões
produtoras de soja do país e descarregavam nos portos de Santos (SP) e
Porto Velho (RO).
Na oportunidade, a assessora técnica da Comissão Nacional de
Logística e Infraestrutura da CNA, Elisangela Pereira Lopes, havia
explicado o aumento nos preços depois do tabelamento. Segundo ela, os
custos para o caminhoneiro aumentaram de 35% a 50% se o caminhão volta do
porto carregado com algum insumo ou outra mercadoria e podem chegar a 150%
se voltar vazio, sem o frete de retorno.
Os números indicam que o valor mínimo do frete para caminhões
sem cargas é 115% maior se comparado ao que era pago antes da tabela proposta
pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Vale
lembrar também que a entidade já editou a tabela de preços para eixo por duas
vezes desde que sua primeira versão foi lançada no dia 30 de maio, sendo
que ambas foram baseadas em uma medida provisória.
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