quarta-feira, 20 de junho de 2018

Defensivos agrícolas - REPÓRTER BRASÍLIA


Após mais de cinco horas de discussão, com acaloradas manifestações de participantes a favor e contra, a comissão especial que  analisa a regulação do setor de defensivos fitossanitários suspendeu a  reunião devido ao início da ordem do dia no plenário da Câmara dos  Deputados. O parecer do relator Luiz Nishimori (PR-PR) prevê, entre  outros pontos, que os defensivos possam ser liberados pelo Ministério  da Agricultura mesmo se órgãos reguladores, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Iba ma) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não tiverem  concluído suas análises. Nesse caso, os produtos receberão um regis tro temporário, desde que possuam especificações idênticas nos três  países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento  Econômico (OCDE). O deputado Bohn Gass (PT-RS), que participou do  debate, protestou veementemente contra o projeto.
Totalmente favorável à mudança O deputado federal gaúcho  Covatti Filho (PP, foto) é totalmente favorável à mudança da lei.  "Nosso principal objetivo é trazer  novas tecnologias. Com dados  científicos, vemos que essas novas tecnologias podem reduzir o  prazo de produtos e trazer benefícios para que haja mais segurança alimentar para a população." Nós queremos evolução "Queremos evoluir como os Estados Unidos, a Europa, a Argentina, como outros países que concorrem com a produção de alimen tos no mundo inteiro e que já estão com registros muito mais adian tados", argumenta o deputado gaúcho Luis Carlos Heinze (PP). Ele  diz que "o sistema de registros que existe na Europa, nos EUA e em  qualquer país evoluído é muito mais simplificado que no Brasil".
A lei impede a celeridade O deputado federal gaúcho Jerônimo Goergen (PP) diz que "a  lei no Brasil hoje impede que tenhamos uma celeridade - respon sável, obviamente - pelo registro de defensivos. A dinâmica da pro dução, muitas vezes, estimula a entrada ilegal, quer dizer, produtos  que tenham esses outros defensivos entrem sem um controle, trazendo prejuízo econômico e riscos ambientais para a saúde públi ca. Queremos adequar a lei para ter um critério de segurança, num  prazo adequado".
Contrário à mudança do nome O deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB) se manifesta  "contra mudar o nome, contra baixar o teor científico e deixar o setor  muito vulnerável, inclusive dispensando formalidades e receituário  agronômico". Para ele, o tema dos agrotóxicos é muito delicado para  ser abordado sem conhecimento profundo, como têm especialistas,  porque "é um produto que pode salvar, mas ao mesmo tempo, se a  dose for errada, pode matar muitas pessoas".


Nenhum comentário:

Postar um comentário