A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e representantes dos caminhoneiros marcaram, para as 9h de hoje, uma nova reunião, de caráter técnico, para discutir o tabelamento do preço mínimo para o frete rodoviário. O assunto criou um grande impasse no governo, que, sob pressão, já editou duas versões da tabela dos preços. A segunda foi revogada horas depois de ter sido divulgada, na noite de quinta-feira, dia 7.
A primeira atendeu aos caminhoneiros, mas revoltou o agronegócio e a indústria, que falam em aumentos de até 150% nos preços, e ameaçam travar a comercialização e até ir à Justiça para barrar o tabelamento. A segunda procurou aliviar o custo aos produtores, mas contrariou os caminhoneiros, por ter levado a um corte médio de 20% nos preços.
Mesmo irritados com a revisão, os caminhoneiros se propuseram a buscar uma composição de preços que seja boa para eles e para os usuários de seus serviços. Representantes da categoria reuniram-se no sábado para fazer as contas e levar uma proposta à ANTT hoje. O encontro foi fechado, e as entidades não divulgaram sequer o local da reunião. Eles disseram que queriam evitar ruídos que pudessem prejudicar as negociações.
A ANTT já avisou que uma eventual terceira versão da tabela, que pode ficar pronta no início da próxima semana, será submetida a uma audiência pública que durará de 30 a 45 dias. Na mesa, há inclusive a proposta de se estipularem preços diferenciados para os períodos de safra e de entressafra.
Enquanto continua o impasse, segue em vigor a primeira versão da tabela, editada no último dia 30 de maio, nos termos da Medida Provisória nº 832/2018, que instituiu a Política de Preços Mínimos de Transporte Rodoviário de Cargas, uma das reivindicações dos caminhoneiros dentro do acordo com o governo para pôr fim à paralisação da categoria.
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